Psicóloga Bia Morais fala sobre o Transtorno de Oposição Desafiante
Características do TOD
O Transtorno de Oposição Desafiante (TOD) é caracterizado por um padrão de humor questionador e mais desafiante, mais raivoso e irritável ou uma índole vingativa, com uma duração de pelo menos seis meses. Além disso, os sintomas de TOD precisam ser evidenciados na interação com uma pessoa, não sendo um irmão.
Comportamentos Desafiadores
Os sintomas de TOD, com frequência, são perda da calma, sensível ou facilmente incomodado, raivoso e ressentido. Isso quando falamos a respeito do padrão de humor raivoso e irritável, no comportamento questionador e mais desafiante os sintomas, com frequência são questionar as figuras de autoridade, desafiar de modo intencional ou se recusar a obedecer às regras ou pedidos de superiores, incomodar outras pessoas de propósito e culpar os outros por seus erros ou mau comportamento. Já a índole vingativa, possui o sintoma de ser malvado e vingativo pelo menos duas vezes nos últimos seis meses.
Contexto Familiar e Sintomas
É comum crianças ou adolescentes com Transtorno de Oposição Desafiante apresentar tais sintomas apenas com os membros da família e em casa, porém a alteração dos sintomas se torna um indicador para a gravidade do problema. Além disso, existe uma prevalência maior em famílias onde o cuidado da criança é realizado por uma sucessão de cuidadores diferentes ou em que há práticas agressivas, inconsistentes ou negligentes para a criação das crianças. Podemos acrescentar também que esse tipo de transtorno é mais comum em meninos, do que em meninas.
Impacto na Criança e Relações Sociais
A disfunção desse transtorno em criança está relacionada ao desenvolvimento da criança vivenciando conflitos com os pais, professores e pares e, com certa frequência, esses problemas acarretam prejuízos no ajustamento emocional e social.
Abordagem Terapêutica e Diagnóstico
Para iniciar o tratamento do TOD é necessário, primeiramente, obter um diagnóstico com um médico ou um psicólogo, pois o tratamento consiste no uso de medicação e psicoterapia. Além disso, é importante que a família passe pelo processo de terapia e que esteja mais engajada e aberta para terapias mais específicas, pois cada criança possui a sua individualidade e o plano terapêutico também precisa ser individualizado.
Referências e Informações Adicionais
As informações utilizadas neste artigo foram retiradas do livro Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5.ª edição (DSM-5) da American Psychiatric Association (2014).
Beatriz Morais Gil Pereira
Psicóloga
CRP: 05/70355
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