O Crescimento e os Desafios da Medicina Alternativa no Brasil e no Mundo
A Expansão das Práticas Integrativas no SUS
A medicina alternativa, que engloba práticas não convencionais à medicina tradicional, continua a despertar interesse e debate no Brasil. Nos últimos anos, houve um aumento significativo na procura por essas terapias, especialmente após sua inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2017, o SUS ampliou de 5 para 29 o número de Práticas Integrativas e Complementares (PICS) oferecidas, incluindo acupuntura, homeopatia, fitoterapia, yoga, entre outras.
Dados e Controvérsias Sobre o Uso das PICS
Dados do Ministério da Saúde indicam que, entre 2017 e 2018, a procura por atividades como yoga e tai chi chuan aumentou de 216 mil para 315 mil atendimentos. No entanto, a adoção dessas práticas no SUS gerou controvérsias. O Conselho Federal de Medicina (CFM) manifestou-se contrário à inclusão de algumas terapias, alegando falta de comprovação científica de sua eficácia.
O Crescimento da Medicina Alternativa no Contexto Internacional
Em âmbito internacional, a medicina alternativa também tem ganhado destaque. Na Índia, por exemplo, o sistema de medicina alternativa Ayurveda está ressurgindo, impulsionado pelo governo do primeiro-ministro Narendra Modi. O mercado de produtos ayurvédicos indianos deverá ultrapassar US$ 20 bilhões nos próximos cinco anos, triplicando seu tamanho em 2022. No entanto, essa popularidade crescente tem gerado preocupações sobre a regulamentação e a eficácia desses produtos.
Cuidados na Adoção de Terapias Complementares
É importante destacar que, embora muitas pessoas busquem na medicina alternativa soluções para suas condições de saúde, especialistas alertam para a necessidade de comprovação científica da eficácia e segurança dessas práticas. A integração de terapias complementares deve ser feita com cautela e sempre sob orientação de profissionais qualificados.