Bia Morais - Psicóloga

Psicóloga Bia Morais fala sobre a prática da Psicologia com Crianças

Diferenças no Processo Terapêutico: Crianças vs. Adultos

O processo de terapia com crianças é um pouco diferente do processo realizado em adultos. As crianças têm um pouco de dificuldade em expressar com palavras o que estão sentindo e muitas das vezes nem sabem direito o que realmente estão sentindo. Já os adultos conseguem descrever com mais clareza as suas angústias, emoções, sintomas e seus comportamentos.

Psicóloga Bia Morais fala sobre a prática da Psicologia com Crianças

Técnicas Lúdicas na Terapia Infantil

Na terapia com crianças é utilizado técnicas de uma maneira mais lúdica, com desenhos, figuras, brincadeiras, pois é a forma em que as crianças conseguem se expressar. Por exemplo, com uma brincadeira de casinha podemos entender melhor como é a dinâmica da família em questão, quem fica mais tempo com a criança, como é a rotina em casa, entre outras coisas. Através dos desenhos, podemos observar quem a criança considera parte da família e quem seria o “adulto de confiança”, ou seja, caso ocorra algum problema ou algo ruim com essa criança, para quem ela contaria.

Psicóloga Bia Morais fala sobre a prática da Psicologia com Crianças

Intervenção e Participação Familiar

Quando entramos no processo de intervenção, não conseguimos usar técnicas voltadas para a escrita e com muitos elementos mais técnicos, como fazemos com os adultos. Uma criança não conseguiria entender, por isso, utilizamos mais atividades que podem ser feitas em casa e com a ajuda da família, assim, a família entra no processo de tratamento e recuperação junto com ela. Jogos de tabuleiro, jogos com letras e números, desenhos e quebra-cabeças, podem ajudar muito no desenvolvimento dela.

Psicóloga Bia Morais fala sobre a prática da Psicologia com Crianças

Ferramentas para Expressão e Compreensão das Emoções

Cabe destacar que para trabalhar as emoções, por exemplo, é muito utilizado livros ilustrativos com expressões faciais bem marcantes para que a criança consiga entender de uma forma clara o que está sentindo, filmes como o caso do divertidamente, onde podemos observar as cinco principais emoções (alegria, tristeza, medo, raiva e o desprezo, interpretado pela personagem nojinho) dentro da cabeça da personagem principal e bichinhos de pelúcia coloridos e também com expressões faciais marcantes, como o polvinho que de um lado está triste ou com raiva e do outro está feliz.

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Sigilo Profissional e Confiança no Processo Terapêutico

Até mesmo com os pequenos mantemos o sigilo profissional, isto é, não contamos para os pais o que a criança menciona na terapia, pois isso além de ser completamente antiético, também gera uma quebra de confiança, onde a criança não se abre mais com o terapeuta e nem realiza as atividades propostas. Dessa forma, o processo todo acaba ficando comprometido.

Conclusão: A Especificidade da Terapia Infantil

A principal diferença entre a terapia com crianças e a terapia com adultos é a forma mais lúdica de realizar as técnicas, o envolvimento da família no processo e como realizamos algumas sessões. É importante entendermos melhor essas questões para que a criança se desenvolva da melhor maneira possível.

Beatriz Morais Gil Pereira Psicóloga
CRP: 05/70355
Instagram: @psi.biamorais
Site: www.psicologabiamorais.com.br